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Estudo inédito aponta que Minas Gerais tem 15 milhões de hectares com potencial para projetos florestais

Minas Gerais dispõe de 15 milhões de hectares com aptidão para projetos florestais, dos quais 7 milhões podem ser para empreendimentos do tipo brownfield (utilização de florestas já existentes) e 15 milhões para projetos greenfield (novos plantios destinados à instalação de indústrias futuras). Esses dados foram apresentados no estudo inédito divulgado durante o evento Florestas UAI, realizado pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) — entidade que representa o setor de florestas plantadas no estado — em parceria com a Malinovski.

A pesquisa foi encomendada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e pela Invest Minas, sendo conduzida pelo Grupo Index. Para Adriana Maugeri, presidente da AMIF, “Este estudo é, sem dúvida, um divisor de águas, pois oferece um direcionamento claro para um crescimento ordenado, sustentável e inclusivo do setor, alcançando diversas regiões, perfis de produtores e segmentos”.

Atualmente, Minas Gerais possui cerca de 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas, o que representa aproximadamente 25% da área total de plantações florestais do Brasil, além de 1,3 milhão de hectares de florestas preservadas. Esse setor movimenta cerca de R$ 10 bilhões por ano, gera mais de 300 mil empregos diretos e indiretos, e contribui significativamente para as exportações mineiras com produtos como celulose, papel e carvão vegetal sustentável.

Destaques

Além da grande disponibilidade de área, o estado se destaca por outros fatores que reforçam sua atratividade para investimentos: excelente disponibilidade hídrica, preços competitivos da terra, regime tributário diferenciado, uma cadeia de valor diversificada, e o fato de possuir a maior área plantada de eucalipto do país. A silvicultura está presente em 811 dos 853 municípios mineiros, evidenciando sua capilaridade e importância socioeconômica.

O estudo revela ainda que Minas Gerais oferece um dos melhores Valores de Terra Nua (VTN) do Brasil para fins florestais, com média de R$ 9,8 mil/ha, podendo chegar a R$ 2,8 mil/ha nas regiões mais promissoras — como o Norte, Noroeste e Central do estado. Esse cenário, aliado a um clima favorável, proporciona uma produtividade florestal competitiva, muitas vezes superior à de outros polos já saturados, projetando Minas como o novo destino estratégico para investimentos industriais florestais no Brasil.

Com a recente simplificação do licenciamento ambiental, que diminuiu o tempo para a autorização, e o aumento global da demanda por produtos sustentáveis, Minas se posiciona como protagonista na transição para uma economia verde. “O estudo vem em um momento oportuno e integra o programa Minas Invest+ Florestas, que organiza e centraliza as ações para desburocratizar e atualizar a legislação florestal do estado”, reforça a presidente da AMIF.

O diagnóstico recomenda a criação de políticas públicas focadas em quatro eixos: melhorias logísticas, aumento da produtividade florestal com apoio técnico e pesquisa, capacitação de mão de obra especializada, e ampliação dos benefícios fiscais para atrair novos investimentos. Posiciona Minas Gerais como uma das regiões mais promissoras para a indústria florestal no Brasil, destacando não apenas sua estrutura produtiva, mas também seu potencial competitivo no cenário nacional e internacional.

AMIF lança posicionamento do setor florestal no 2º Florestas Uai e anuncia campanha voltada à sociedade mineira

Durante a segunda edição do Florestas Uai, evento que reuniu em Belo Horizonte, nos dias 10 e 11, especialistas, empresários e representantes dos Governos Federal e Estadual para fortalecer o diálogo sobre o futuro das florestas plantadas, a Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) apresentou oficialmente o posicionamento de marca do setor florestal mineiro, denominado “Florestas Pensadas”.

A iniciativa de comunicação e marketing marca um momento inédito para o setor florestal brasileiro e surge como resposta à fragmentação histórica da identidade do setor. De acordo com a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, “Florestas Pensadas” tem como objetivo central promover uma imagem clara, unificada e mais conectada com a sociedade.

Durante a condução do lançamento da marca, Adriana destacou a necessidade dessa transformação: “O posicionamento do setor é tão importante porque há uma crise de identidade dentro do setor florestal brasileiro, de próprio entendimento. Quando eu tenho várias possibilidades ao mesmo tempo, fragmento o meu posicionamento, a minha comunicação e o entendimento. Isso abre espaço para contra informações negativas, mitos, falácias que não fazem sentido.”

O novo posicionamento busca inverter essa lógica e despertar o orgulho dos mineiros que vivem no estado com o maior plantio florestal do país. Com a campanha, prevista para ir ao ar no início do próximo semestre, a AMIF pretende dialogar com o público que ainda desconhece o setor e suas contribuições.

“A persona da nossa campanha é a sociedade, é o senhor e a senhora que não nos conhecem. Queremos conversar com o coração dos mineiros. Para que os mineiros sintam orgulho de ter a maior floresta plantada do Brasil”, conclui Adriana Maugeri.

Além disso, a campanha trará à tona os valores de sustentabilidade, inovação e produção responsável, destacando o papel de Minas Gerais como líder nacional em florestas plantadas, presente em 95% dos municípios do estado. Minas possui 2,3 milhões de hectares de florestas plantadas e 1,3 milhão de hectares de florestas conservadas, números que evidenciam a força e o compromisso do setor.

Para o Coordenador de Comunicação da AMIF, Bruno Menezes, “Florestas Pensadas” traz um conceito completo: pensadas para cuidar, pensadas para produzir. Afinal, trata-se da atividade econômica que mais planta, produz e conserva em altíssima escala no estado, demonstrando que é possível aliar desenvolvimento e preservação ambiental com eficiência e responsabilidade.

“Os plantios florestais mineiros devem ser compreendidos não apenas como um espaço de produção, mas como símbolos de cuidado, ciência e desenvolvimento sustentável. É um chamado ao reconhecimento e à valorização de um setor vital para o país”, finaliza.

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