Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais

Setor moveleiro analisa perspectivas da produção florestal, matéria-prima utilizada pelas empresas

Um dos momentos realizados durante a 14ª edição da Feira Internacional de Máquinas, Matérias-Primas e Acessórios para a Indústria Moveleira (FIMMA Brasil) que encerrou nesta sexta-feira, dia 29 de março, foi o Espaço Florestal, com intuito de aproximação de fabricantes e fornecedores do segmento com a indústria moveleira.

O Workshop FIMMA Florestal apresentou palestras, inclusive, com a pauta ‘A situação atual e as perspectivas futuras do setor produtivo da base florestal’. E nesta linha uma reflexão e um alerta para o setor: a possível falta de matéria-prima.

Em entrevista coletiva no terceiro dia Feira, o presidente Henrique Tecchio salientou a preocupação. “Não vamos ter mais florestas renováveis. Provavelmente as indústrias irão procurar matéria-prima em outros Estados e isto gera um custo elevado. Até empresas podem sair daqui para estarem mais próximas e isto é uma luz vermelha”, disse.

O presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), uma das entidades que apoiou a iniciativa junto a FIMMA, Diogo Carlos Leuck, afirmou que as maiores dificuldades são as questões técnicas e entraves no Estado para o plantio de florestas.

“O consumo de madeira irá aumentar 300% até 2050, isto significa que teremos que plantar mais em área, mas teremos que aumentar a produtividade. Veja que é uma oportunidade para aqueles que querem investir no segmento”, explanou.

Por outro lado, no Rio Grande do Sul de acordo com a entidade, são 600 mil hectares de eucaliptos, 270 mil hectares de pinus e 80 mil hectares de acácias. Os mais utilizados no setor seriam os dois primeiros, sendo que a grande demanda do eucalipto teria a celulose como destino.

“Os entraves de licenciamento e burocracia vem ocorrendo há anos. O dono de uma terra pensa duas vezes se vai enfrentar a burocracia ou se vai plantar soja, gado, milho”, acrescentou Leuck.

O certo é que o setor moveleiro está atento e continuará discutindo o tema e avaliando os cenários quanto a matéria-prima.

Fonte: Central de Jornalismo da Difusora

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