Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais

Ageflor e Agaflor visitam Porto de Rio Grande

A Superintendência dos Portos do Rio Grande do Sul recebeu na quarta-feira, 03 de julho, comitiva da Associação Gaúcha de Florestadores (Agaflor) e da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor) em Rio Grande. A visita com a intenção de conhecer as novas estratégias para as atividades portuárias na região atende a um convite feito pelo diretor superintendente do Porto, Fernando Estima, ao presidente da Agaflor, Paulo Beneman, que gentilmente estendeu o convite à Ageflor.

Eles foram recebidos com almoço com o diretor superintendente do Porto, Fernando Estima, além de poder conhecer mais sobre a empresa Sagres Agenciamentos Maritimos e sua atuação, sobre exportações de madeira para a China, conversou-se sobre como produtores, indústria e estado podem convergir para o desenvolvimento do setor no RS.

Fernanda Salomão Hackbart, CEO da Connexion Export, apresentou aos presentes o projeto da China Forestry Group, que vem buscando madeira no Sul do Brasil, Uruguai, EUA, Austrália e Nova Zelândia. Ela explicou que o mercado chinês hoje valoriza mais a madeira em estado natural, enquanto em outros tempos buscava mais o rosewood e o MDF.

A China Forestry Group conta com 85 mil toneladas de toras em estoque no Porto com destino à China e meta de ter de 40 a 60 mil toneladas de toras de eucalipto, acima de 20 cm de diametro/ano. Outro fator de mercado citado na apresentação dá conta que devido a praga na União Europeia e furacão nos Estados Unidos, deve-se colocar cerca de 200 mil toneladas de pinus/ano na Ásia a preco baixo nos próximos dois anos.

Fernanda também enfatizou que o grupo chinês almeja a organização de uma cadeia de fornecimento estável, com canais de comercialização para diferentes madeiras, numa relação de longo prazo e uso de tecnologia no controle de medição, gerando assim confiabilidade.

Uma das responsáveis pela viabilização da visita, a Sagres Agenciamentos Maritimos teve seu perfil apresentado pelo seu diretor institucional Ivan Faria. Ele conta que a empresa surgiu em 2002 a partir de serviços prestados à Klabin Celulose Riocell (e hoje CMPC Brasil). Em 2010, em função das oportunidades e necessidades de crescimento, parte da empresa foi adquirida pelos grupos Ultramar (Chile) e Schandy (Uruguai), consolidando a participação no mercado.

Opera com logística nos portos brasileiros de Rio Grande, Pelotas e da CMPC em Guaíba, bem como está presente em Punta Pereira e Conchillas e Nueva Palmira no Uruguai, atendendo a UPM e a Montes del Plata. Atua com agenciamento marítimo, operação portuária e armazenagem, possuindo certificação de segurança, meio ambiente e compliance. No total, são aproximadamente mil colaboradores para uma operação anual de cerca de 9 mi de toneladas em toras e 7 mi em celulose.

O diretor superintendente do Porto, Fernando Estima, enfatizou que a vontade do Governo do RS é de dedicar esforços para e por investimentos no setor florestal e organização de um arranjo produtivo local. Estima colocou que os portos integram esta cadeia e portanto coloca a superintendência como aliada na busca da resolução de entraves e atendimento de demandas das entidades, empresas e produtores.

O presidente da Agaflor, Paulo Beneman, detacou as 40 mil famílias envolvidas na atividade florestal gaúcha. A entidade que representa produtores integra o Conselho Consultivo da Ageflor e tem assento no conselho do Fundeflor. “Nós produtores ambicionamos desenvolver cada vez mais a atividade, contando com a evolução de toda a infraestrutura logística, adequando tanto o porto como as estradas e os meios de transporte às necessidades desse mercado”, disse.

Já o presidente da Ageflor, Diogo Leuck, trouxe números estimados do setor e reforçou a importância de o Rio Grande do Sul ter os seus números fidedignos, obtidos por meio de cadastro das atividades florestais e divulgadas por meio de materiais periódicos, como o já previsto anuário, via Fundeflor. “A demanda vem aumentando e a tendência é continuar a aumentar a demanda por madeira e produtos florestais. Mas precisamos saber quem somos e quanto somos para organizar a cadeia, fomentar a atividade e atrais investidores”, ressaltou.

No Porto, os participantes da comitiva conheceram o Porto Novo, cais público do Porto do Rio Grande, e terminais de operação privada no complexo portuário. Tendo sempre colaboradores locais fornecendo informações e atendendo a dúvidas dos visitantes, passou-se por pátios com toras, terminal com picador, armazenamento de celulose e, finalizando a visita, os participantes também conheceram os terminais da Termasa/Tergrasa operados pela CCGL (Cooperativa Central Gaúcha Ltda), sendo principalmente com graneis sólidos, mas também com cavaco de madeira.

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