Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais

Ageflor presente no 4º Resina em Foco em Tavares/RS

Com a presença do presidente da Ageflor, Luiz Augusto Alves, juntamente com os vices Daniel Chies e Ruter Disarz, ocorreu no dia 14 de dezembro no município de Tavares/RS o 4º Resina em Foco, organizado pela Prefeitura de Tavares, com apoio do Governo do Estado, Emater-RS/Ascar,  Sicredi e Sindicato Rural.

A resina é um produto florestal não madeireiro extraída pela resinagem de indivíduos do gênero Pinus, sendo que no Rio Grande do Sul, especialmente no Litoral, a espécie utilizada é o Pinus elliottii. A resina tem dois principais componentes, o breu e a terebintina, usados em vários produtos da indústria.

“A realização do 4º Resina em Foco é de suma importância para o município de Tavares, pois a silvicultura é a nossa segunda maior fonte de renda e arrecadação”, destaca o secretário municipal de Agricultura, Jardel Araújo Motta. Segundo ele, o encontro propicia uma troca de experiências e conhecimentos entre os produtores, empresários locais, poder público e palestrantes. Todas as apresentações estão disponíveis para consulta em vídeo das transmissões de lives na página da Prefeitura Municipal no Facebook.

Abrindo o evento, Ruter Disarz apresentou dados atualizados do setor florestal do Rio Grande do Sul, com ênfase na região Sul e Litoral, extraídos do mais recente relatório da Ageflor. Luiz Augusto Alves abordou ações prioritárias para o desenvolvimento da cadeia de base florestal, complementado por Daniel Chies que detalhou desafios enfrentados.

Israel Jardim, da empresa associada Resinas Jardim, deu foco para a atividade resineira da região. Ele enfatizou a importância da qualidade do produto, bem como o bom manejo e serviços florestais.

O professor da UFSM e memobro do Conselho Consultivo da Ageflor, Rafaelo Balbinot, apresentou dados de pesquisa com produtores locais e trazendo para reflexão possíveis caminhos a partir destes indicadores para desenvolvimento econômico, social e ambiental. Complementando o tema, Renato de Oliveira, da Âmbar Florestal, destacou que a resinagem deve ser uma política para desenvolvimento local.

Os programas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) para o setor florestal foram apresentados também. O Coordenador do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+RS, engenheiro florestal Jackson Brilhante, falou sobre as oportunidades do plano para o setor florestal. De acordo com o Plano ABC+, a expansão de quatro milhões de hectares de florestas plantadas no Brasil vai mitigar cerca 510 milhões de toneladas de CO2, ou seja, 46% da meta nacional.

Segundo Brilhante, em média um hectare de Pinus elliotti, principal espécie utilizada na extração de resina, aos 32 anos, produz cerca de três a quatro toneladas de resina por ano. E segundo ele, tem um grande potencial de mitigar em torno de 48 toneladas de CO2 equivalente por ano.

No atual Plano Safra (2022/2023), as linhas de crédito Pronaf ABC+ Bioeconomia Silvicultura e Programa ABC Florestas, associadas à implantação e ao manejo de florestas plantadas, financiaram cerca de R$ 86 milhões. “Essas linhas de financiamento são fundamentais para incentivar os plantios desta espécie no estado”, afirma Brilhante. O estado do Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de resina, com uma produção de cerca de 55 mil toneladas em 2021. Para o município de Tavares, a produção de resina é a segunda maior fonte de arrecadação.

Cadastro Florestal

O engenheiro agrônomo da Seapdr, Fabrício Azolim, falou sobre o Cadastro Florestal, um dos instrumentos da política agrícola estadual para florestas plantadas e seus produtos. Em 2021, o cadastro dos consumidores passou a ser realizado através do Módulo Administração Florestal do Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), desenvolvido pela Procergs com recursos financeiros do Fundo Estadual de Desenvolvimento Florestal (Fundeflor). O cadastro dos plantios está em fase de transição para uma nova plataforma on-line, que vai gerar o Certificado de Produtor Florestal com prazo de validade de cinco anos.

O Serviço Oficial da Secretaria está na fase de habilitação dos profissionais para a área de atuação “cadastrador florestal”, os quais passarão a realizar os cadastros dos plantios por unidade de produção, formada por uma espécie florestal, área em hectares e ano de plantio, por propriedade rural cadastrada no SDA, habilitada para a área vegetal. 

Na página do Cadastro Florestal estão disponibilizadas as instruções para habilitação dos profissionais e o Manual do Cadastrador Florestal. “A meta é termos pelo menos um profissional cadastrador florestal habilitado por município com plantios florestais”, destaca Azolim. Durante o período de transição, o cadastro dos plantios florestais e renovações ainda serão realizados através do sistema antigo, conhecido por Controle Florestal (COF), a critério do Serviço Oficial.

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