Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais

Alerta para Vespa e Cadastro Florestal entre os temas de reunião da Câmara Setorial da Seapi

A Câmara Setorial das Florestas Plantadas, reunida na tarde de terça-feira (24/09) em formato online e presencial, debateu a possibilidade de inclusão de produtores de mudas no Cadastro Florestal, a situação do Cadastro Florestal e um alerta sobre uma nova vespa, que está atacando as florestas plantadas híbridas no sul de São Paulo.

O Cadastro Florestal conta hoje com 9.935 empreendimentos de consumidores, sendo que 50% estão em situação regular, 148 mil hectares plantados registrados até setembro deste ano – quase 100 mil hectares de pinus, e 366 profissionais para fazer o cadastro florestal. “A ideia é fechar 200 mil hectares de área plantada cadastrada até o final do ano de 2024 e 500 mil hectares em 2025”, destaca Tiago Fick, assessor técnico da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) na Câmara Setorial das Florestas Plantadas.

A possibilidade de uma Instrução Normativa que coloque novamente os produtores de mudas de acácia-negra, eucaliptos, pinus e erva-mate no Cadastro Florestal foi também pauta da reunião da Câmara. O assunto foi apresentado por Fabrício Azolin, assessor técnico da Seapi na Câmara. Atualmente, estes produtores estão registrados apenas no Registro Nacional de Sementes e Mudas (Renasen), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Os participantes se dividiram sobre a proposta, sendo alguns favoráveis, para se ter um maior controle da origem das sementes, do modo de produção, dos tipos de insumo utilizados, e outros contrários, porque acreditam que o cadastro será redundante com o Renasen, já existente. O assunto vai ser discutido pelas entidades e retornará para a pauta na próxima reunião da Câmara.

Outro tema foi apresentado pelo engenheiro florestal Mauro Murara, diretor executivo da Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e também executivo do Fundo de Controle de Pragas Florestais (Funcema), criado em 1989. O Funcema tem entre os seus principais objetivos preservar a sanidade vegetal da silvicultura no território nacional.

Murara relatou a presença da vespa Sirex obesus, que provavelmente veio da América do Norte, via portuária, e está atingindo as áreas plantadas com híbridos no sul de São Paulo. O Funcema, que reúne os estados do Sul e agora também São Paulo, já fez algumas ações de combate a esta nova praga, como o treinamento de cerca de 200 profissionais, o envio de doses de nematoides produzidos pela Embrapa e eficazes no controle da praga e também abordagens de orientação e fiscalização na fronteira dos estados de São Paulo e Paraná pelos órgãos de defesa agropecuária.

“Nós devemos ter uma reunião no início de outubro para debater o assunto, reunindo órgãos de defesa, Embrapa Florestas, universidades, entre outras entidades, já que a vespa é bastante agressiva, tem de 3 a 4 ciclos por ano e atinge principalmente os híbridos”, destaca Murara.

O diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, afirmou que esta vespa é uma praga de importância econômica indubitável e que o estado já está pensando em algumas ações de prevenção. 

O diretor-executivo da AGEFLOR, Jorge Heineck, coordenou a reunião que contou ainda com a presença dos vice-presidentes da Associação Cassiano De Zorzi e Tatiana Müller, da Cadeia Produtiva do Pinus e de Administração e Finanças, respectivamente. Também participaram da reunião as seguintes entidades: Associação Gaúcha de Florestadores (Agaflor), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Fundo de Controle de Pragas Florestais (Funcema), Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), Sindimadeira-RS e Seapi.

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