Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais

Emater lança novo Informativo Conjuntural

O Informativo Conjuntural elaborado pela Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar traz na sua edição número 1838, de 24 de outubro de 2024, atualizações sobre a atividade de silvicultura no Rio Grande do Sul. Clique para ler na íntegra.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Lajeado, a área estimada de eucalipto é de 79.900 hectares; de pinus é de 5.200 hectares; e acácia-negra é de 450 hectares. A silvicultura é uma atividade de grande importância social e econômica para a região, pois gera renda e ocupa muita mão de obra, além do envolvimento de grande número de famílias do meio rural.

Em alguns municípios, essa é uma das principais cadeias em termos econômicos do setor primário e também a mais relevante em número de famílias envolvidas, seja no consumo interno das propriedades como na colocação de matéria-prima no mercado.

Mesmo assim, há tendência de queda da área cultivada tanto de eucalipto como de acácia-negra devido a diversos fatores, conforme relato dos produtores: diminuição de oferta de mão de obra para a colheita; desinteresse dos jovens para atividades consideradas mais penosas e com pouca tecnologia; dificuldades de mecanização nas áreas mais dobradas; desestímulo pelos preços praticados no mercado; e as exigências da legislação ambiental.

As áreas que estão deixando de ser cultivadas com florestas, dão lugar para o cultivo de pastagens e milho, visando à criação de gado de corte e, em alguns casos, como no Vale do Caí, ao cultivo de citros.

A produção de carvão vegetal está passando por uma fase de profissionalização. Há regras e legislação sendo definidas, assim como implantados sistemas de produção de fornos com chaminé e/ou fornalhas para reduzir o impacto ambiental e melhorar o rendimento e a qualidade do carvão produzido. Já a comercialização se dá por meio de intermediários e empacotadores locais, os quais realizam a venda final para os mercados, principalmente da Região Metropolitana de Porto Alegre e Litoral.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a cultura do Pinus é fundamental para a cadeia produtiva florestal nos Campos de Cima da Serra, incluindo produção de toras, chapas, compensados, aglomerados, laminados, movelaria, pallets, estaquetas para exportação, forros, assoalhos, construção civil, dentre outras.

A demanda e os preços das toras permanecem estáveis, impulsionados pela exportação da madeira, da celulose e de outros produtos derivados e pela instalação de novas empresas consumidoras na região. O manejo, como desrama e desbaste, tem sido incentivado, mas ainda há preferência pelo corte raso.

Observa-se redução no replantio de áreas manejadas devido, em parte, a restrições legislativas e ao maior rendimento de outras culturas agrícolas. A extração de resina está limitada pela falta de áreas adequadas e equipes treinadas.

O setor florestal prevê um déficit de madeira nos próximos anos e sugere a necessidade de programas de fomento florestal para garantir o manejo sustentável e a regularidade ambiental. A cultura apresenta boas condições fitossanitárias e encontra-se em várias fases de desenvolvimento: plantio, tratos culturais, manejo, colheita e comercialização.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a demanda por eucalipto é crescente, impulsionada pela sua versatilidade (lenha, postes, madeira serrada e carvão) e pelo aumento no segmento de desdobro. Contudo, a expansão de novas áreas e o manejo da brotação estão aquém das expectativas, podendo resultar em escassez de madeira nos próximos anos. O mercado interno e externo favorável estimula a demanda, mas a legislação vigente ainda é um obstáculo para novos plantios e para a comercialização.

Na de Frederico Westphalen, nos cultivos de eucalipto, neste período, estão sendo realizados o preparo do terreno, o plantio de mudas em novas áreas, o controle de formigas, a adubação e o controle de inços. Nas florestas de eucalipto com 2 a 3 anos de implantação, o manejo realizado é a poda; nas de 6 a 7 anos, o raleio.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *