Aconteceu nos dias 23 e 24 de outubro, na Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a “Oficina Recupera Rural RS”. O encontro é resultado do projeto “Plataforma para Mitigação de Efeitos Climáticos Adversos na Agropecuária da Região Sul do Brasil para o enfrentamento das consequências das enchentes e das mudanças climáticas”. Aprovada, a proposta deu origem à iniciativa Recupera Rural RS.
Representantes da Embrapa e da Emater/RS-Ascar dedicaram-se à elaboração de um novo plano de ação para a recuperação ambiental e produtiva do Estado, após as enchentes de maio. O diretor-executivo da Ageflor, Jorge Heineck, participou no primeiro dia da programação que reuniu diversas entidades.
O objetivo da oficina foi discutir os resultados de diagnóstico de danos realizado com instituições ligadas ao setor, em diferentes segmentos, competências para elaboração de um plano colaborativo de reconstrução. Na abertura do evento, houve a apresentação das ações da Plataforma de Pesquisa Colaborativa da Região Sul, pela Rede Embrapa. A seguir, as entidades fizeram a exposição do que estão fazendo e do que podem fazer. No segundo dia, ocorreram discussões e encaminhamentos, gerando a construção coletiva de propostas para o Plano Recupera Rural RS, a serem divulgadas em breve.
Ainda no primeiro dia, o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, agradeceu pela parceria no trabalho intenso que vem sendo desenvolvido em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Schwerz lembrou que o estado do RS está organizando e planejando ações de reconstrução através do Plano Rio Grande, junto às secretarias de Desenvolvimento Rural (SDR) e da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Desta forma, serão investidos recursos para organizar e implementar unidades de referência.
QUADRO DE PERDAS E AÇÕES DE RECUPERAÇÃO
As enchentes de maio deste ano deixaram estragos em 456 municípios gaúchos, considerando os registros de perdas elaborado pela Emater/RS-Ascar. Neste universo, 95 municípios tiveram decreto de calamidade e 340 municípios decretaram emergência.
Estes dados fazem parte do Relatório de Perdas, construído pelo trabalho de extensionistas no estado inteiro, após uma primeira etapa de ação para garantir a sobrevivência e a acolhida dos atingidos. Após maio, a Emater/RS-Ascar passou a se dedicar na recuperação emergencial do campo. Na fase atual, o objetivo é construir ações permanentes de adaptação, mitigação e resiliência.
Na oficina desta semana, o diretor Técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, apresentou as ações de Aters e os propósitos que constam no Plano Plurianual do Governo do Estado, conectados a quatro macroproblemas: Baixa produtividade do campo, Precariedade da infraestrutura, Controle de sanidade e Vulnerabilidade social.
A partir desses, a Emater/RS-Ascar estabeleceu no seu planejamento institucional 11 focos estratégicos, com atenção especial ao enfrentamento das vulnerabilidades climáticas, a geração de renda, o abastecimento alimentar, os aspectos de juventude e de sucessão familiar e os desafios da Extensão Rural e da pesquisa agropecuária, caminhando em conjunto.
Foto: Olga Produções