Os componentes do Comitê de Base Florestal e Moveleira da FIERGS – COMBASE estiveram em agenda com o Secretário de Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, na manhã do dia 19 de março. A AGEFLOR se fez presente através de seu vice-presidente de Ações Estratégicas e Projetos Especiais Diogo Carlos Leuck e pela assessora técnica Margô Guadalupe Antonio. O secretário Ernani Polo estava acompanhado do deputado estadual, Sérgio Turra. Acompanharam o Coordenador do Comitê, Serafim Gabriel Quissini, Rudi Cristhmann e Alício Bottini pelo SINPASUL e o assessor técnico do Comitê, Rafael Ferreira. Acompanharam a reunião, pela SEAP, Eugene Chouenne da Defesa Vegetal, Rodrigo Rizzo, Coordenador das Câmaras Setoriais, Valesca Grazziotin, Secretária das Câmaras Setoriais e Fernando Groff, diretor do Departamento de Defesa Agropecuária.
Os gargalos da silvicultura e o cenário atual do setor no Estado foram os principais temas tratados na reunião. Algumas soluções para os entraves também foram apresentadas. Serafim Quissini fez apresentação do Comitê e das ações que vem sendo empreendidas em prol do setor florestal. Rafael Ferreira entregou documento sobre o assunto, com síntese sobre o setor de base florestal, anexando um diagnóstico sobre o setor e a minuta do Projeto de Lei sobre Florestas Plantadas elaborada na Câmara Setorial da SEAPA. Conforme o analista técnico do Comitê da FIERGS Rafael Ferreira, a silvicultura está em processo de desaquecimento desde 2008. “O Rio Grande do Sul perdeu cerca de 140 mil hectares de floresta plantada desde então, estamos à beira de um período de escassez de madeira”, alertou.
Eugene Chouenne fez um resumo histórico sobre a situação das florestas plantadas na administração pública enfatizando a proposta do Projeto de Lei e de criação de um Instituto Florestal nos moldes de parceria público-privada e utilização do FUNDEFLOR. Relatou a situação das pragas florestais percevejo bronzeado em eucalipto e cascudo serrador da acácia negra. Sérgio Turra lembrou que ainda assim, o setor é responsável por 4% do PIB estadual e emprega mais de 350 mil pessoas. “Precisamos implementar atitudes proativas, visando o desenvolvimento da silvicultura”, afirmou.
O vice-presidente da AGEFLOR, Diogo Leuck, assegurou que um dos caminhos para reverter o atual cenário é a construção de um marco institucional para o setor. “Assim teríamos mecanismos de promoção e desenvolvimento da silvicultura”, relatou. A readequação das licenças ambientais para a produção de florestas também é apontada como fundamental. “O Rio Grande do Sul é o único estado que mantém um nível altamente burocrático e complexo”, lembrou Leuck. Ele entregou ao Secretário um relatório sobre o ataque do cascudo serrador na acácia negra. Foi decidido que serão abertos novos processos para solicitação de decreto emergencial, ficando a cargo da AGEFLOR encaminhar as solicitações. O Secretário Ernani Polo manifestou que o objetivo da SEAPA é desenvolver os setores produtivos e grande parte dos problemas do setor florestal estão ligados à SEMA e tal assunto já está sendo tratado em conjunto com esta Secretaria.
Ernani Polo disse que vai discutir o marco institucional com a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). Informou que no dia 16 de abril será realizada a 1ª reunião da Câmara Setorial de Florestas Plantadas para tratar dos assuntos do setor, inclusive sobre o marco legal. “Esse instrumento garante a segurança jurídica do silvicultor”, alegou. O Deputado Sérgio Turra colocou-se à disposição do setor florestal junto à Comissão de Agricultura e Comissão de Desenvolvimento da Assembleia Legislativa.
