Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais

Cadeia Produtiva de Base Florestal do RS tem encontro com Paulo Hartung, presidente da Ibá

O presidente executivo da Ibá – Indústria Brasileira de Árvores, Paulo Hartung, esteve em Porto Alegre na última segunda-feira, do dia 13 de maio, para uma série de agendas e dedicou a parte da tarde para um encontro com representantes da Cadeia Produtiva de Base Florestal do RS e atender imprensa na sede da Farsul – Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul. Foi uma oportunidade de apresentação do executivo que ingressou na Ibá este ano e de debate sobre cenário do setor no mundo, Brasil e da realidade local.

Participaram da reunião Diogo Leuck, presidente da Ageflor (Associação Gaúcha de Empresas Florestais) e Vice-presidente representante das Associações Estaduais da Ibá; o Vice-Presidente da Cadeia Produtiva do Eucalipto da Ageflor, Vice-Presidente Regional do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (CIERGS) e coordenador do Codema/Fiergs (Conselho de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul), Walter Lidio Nunes; o superintendente do Senar-RS e da Comissão de Florestamento, Silvicultura e Meio Ambiente da Farsul, Eduardo Condorelli; o presidente do Sindimadeira-RS e coordenador do Combase/Fiergs (Comitê da Indústria de Base Florestal e Moveleira), Serafim Quissini; o presidente do Sinpasul (Sindicato das Indústrias de Celulose, Papel, Papelão, Embalagens e Artefatos de Papel, Papelão e Cortiça do RS) e diretor da Fiergs, Walter Rudi Christmann; o gerente de Produção Agroflorestal da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil) e membro do Conselho Consultivo da Ageflor, Juarez Pedroso Filho; o consultor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e assessor parlamentar da Assembleia Legislativa do RS, Alexandre Scheifler; a presidente da AGEF – Associação Gaúcha de Engenheiros Florestais, Miriam Souza, entre outros profissionais atuantes do setor.

O presidente da Ageflor, Diogo Leuck, agradeceu a vinda de Hartung a Porto Alegre e ter o encontro com o setor. Leuck também apresentou ao presidente da Ibá uma síntese da representatividade e atuação da cadeia produtiva de base a partir dos plantios de acácia-negra, eucalipto e pinus, bem como destacou o cenário e os principais desafios a serem vencidos no Rio Grande do Sul.

Paulo Hartung é ex-governador do Espírito Santo e pretende utilizar sua experiência como gestor público para promover o diálogo do setor árvores plantadas e a sociedade. Segundo seu presidente, a Ibá sediada em São Paulo terá uma atuação permanente em Brasília e assim desenvolver agenda de debate com o governo e parlamento. Mas enfatizou também a importância de fazer chegar à opinião pública os benefícios ao meio ambiente e para a economia do plantio comercial de árvores. Hartung lembra que a atividade contribui não só com o desenvolvimento econômico e social, mas com as metas estabelecidas neutralização de carbono e é responsável por área significativa de preservação ambiental.

Aprimorar a comunicação com as pessoas que não participam do setor é uma prioridade e por isso que antecedendo a reunião aconteceu um encontro com jornalistas locais. Confira abaixo as notícias geradas a partir da visita:

Página Rural
Ibá quer mostrar importância do setor de árvores plantadas para o Brasil e aos brasileiros

Depoimento para a Página Rural

O presidente executivo da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Paulo Hartung, destaca objetivos das reuniões realizadas dia 13 de maio, em Porto Alegre/RS. Ex-governador do Estado do Espírito Santo, Hartung reuniu-se com representantes do governo gaúcho e lideranças do setor florestal e do agronegócio estadual. Juntamente com o presidente da Ageflor, Diogo Leuck, Hartung recebeu a imprensa na sede do Senar-RS e do Sistema Farsul.

Zero Hora:

“Licenciamento para plantar árvore no Brasil é muito burocrático”

ENTREVISTA DE PAULO HARTUNG, Presidente da Ibá
Depois de dois mandatos como governador do Espírito Santo, Paulo Hartung veio ao Estado como porta-voz da Ibá (Indústria Brasileira de Árvores), entidade que preside e que reúne empresas do setor florestal. Na agenda na capital gaúcha, na segunda-feira (13), conversou com vários interlocutores, inclusive com a equipe do governador Eduardo Leite. E aproveitou para reforçar a importância do segmento, que em breve voltará a ter representação em Brasília. Confira abaixo trechos da conversa com jornalistas.

A questão dos licenciamentos ambientais está na agenda da entidade? O senhor conversou sobre o assunto com o governador Eduardo Leite?
Minha missão número 1 é trabalhar para que os brasileiros conheçam mais o setor. É muito importante na geração de empregos (são 3,7 milhões, entre diretos e indiretos). Fatura R$ 73,8 bilhões ao ano e ajuda na geração de divisas. É relevante do ponto de vista ambiental. Hoje, temos mais de 7 milhões de hectares de florestas plantadas, que fazem retenção de CO2. Estão contribuindo com a questão do clima. É meu papel dar visibilidade ao setor. Temos leis, regulamentos estaduais, federais, que dificultam a evolução. O que estamos fazendo? Dialogando. Mostrando o potencial do setor.
A que leis e regulamentos se refere?
Por exemplo, o licenciamento para plantar árvore no Brasil é muito burocrático. Então, estamos discutindo. Desde o ano retrasado, começou a evoluir esse debate no país. Estamos caminhando para resolver essas e outras questões. Esse é um setor com impacto extremamente positivo no meio ambiente. Por isso, precisamos conversar com a sociedade, e esse é o meu papel. Porque se nós temos compromisso no Acordo de Paris de plantar mais florestas, temos de simplificar o processo de licenciamento.
Um licenciamento demora hoje quanto tempo?
Depende do Estado. Muitas vezes dois anos, três anos, quatro anos, é lento o processo. Você cultiva árvores, é disso que se trata, é um cultivo. Mas tem conexões malfeitas. Por exemplo, outro dia tive de fazer carta para evento em São Paulo que pedia para não usar papel como ação ambiental. Tive de dizer: olha, informo que 100% do papel produzido no Brasil é de árvores cultivadas. Para ficar claro os equívocos que vão sendo construídos. A questão central é diálogo.
Há potencial para o setor crescer?
Está em crescimento, mesmo com o Brasil andando agora meio de lado. Há investimentos de R$ 20 bilhões. A Klabin anunciou investimentos de R$ 9,1 bilhões nas plantas do Paraná. O setor enseja potencial de crescimento muito maior. Aí você encontra obstáculos. Na burocracia, que tira a velocidade do setor muitas vezes, no custo Brasil. Eu não quero brigar, quero convencer. Vamos na base da demonstração, da ciência, das evidências, de que é bom para o ambiente o setor crescer.

Correio do Povo
Setor se mobiliza por imagem e licenças ágeis

Há dois meses no comando da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), entidade que reúne a cadeia produtiva do setor, o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, colocou entre suas prioridades trabalhar a imagem do setor junto à sociedade e defender ações que visem desburocratizar os licenciamentos. Hartung esteve em Porto Alegre ontem para reuniões no Centro Administrativo do Estado e na sede da Farsul.
Conforme o ex-governador capixaba, algumas dificuldades impedem o setor de crescer, incluindo leis e regulamentos federais, estaduais e municipais. A estimativa é de que atualmente o licenciamento do plantio pode levar até quatro anos. “Se nós temos o compromisso, no Acordo de Paris, de plantar mais florestas, temos que simplificar os licenciamento para cumprir o acordo, que é a favor do clima”, resumiu o dirigente.
A iniciativa visa também atender à crescente demanda pelos produtos florestais, que segundo a FAO deve aumentar em três vezes até 2050, quando a população mundial será de 9,8 bilhões de pessoas, segundo as previsões atuais. Por isso, Hartung tem percorrido o Brasil para destacar a importância da atividade tanto na geração de empregos – são 3,7 milhões, entre diretos e indiretos -, quanto de divisas. Também defende que há ganhos ambientais, já que as florestas plantadas retêm dióxido de carbono. “Meu papel é dar visibilidade para o setor”, afirmou.
Um segmento que registrou crescimento expressivo nos últimos anos, com participação do Rio Grande do Sul, foi o mercado de toras. A exportação para a China mais do que dobrou em um ano, passando de 97 mil toneladas em 2017 para 207 mil toneladas em 2018. Os asiáticos utilizam as toras para delaminação, que consiste em retirar uma lâmina fina da árvore para utilizar no acabamento de móveis e pisos.
O presidente da Ageflor, Diogo Carlos Leuck, lamenta o fato, já que a tora é exportada sem agregar valor. “Se tivéssemos um fomento à cadeia produtiva, a continuidade e a ampliação destes plantios, poderíamos fazer o caminho inverso e delaminar esse produto aqui”, observou. Ao mesmo tempo, dirigentes da cadeia apontam que o Brasil gera matéria-prima de maneira mais competitiva do que qualquer outro país, em razão das tecnologias que desenvolveu. Em 2018, o segmento faturou R$ 73,8 bilhões. As exportações representam 10 bilhões de dólares por ano.

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