Desburocratização, adequação do crédito e reforço da defesa sanitária podem levar o setor à expansão
Uma diretriz que vai auxiliar o setor florestal a crescer com segurança jurídica nos próximos dez anos. É assim que o presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Diogo Carlos Leuck, define o Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantadas (PNDF) aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no início de junho.
O eixo principal do plano é aumentar a área de produção florestal do país em 20%, subindo dos atuais 9,5 milhões de hectares para 11,4 milhões de hectares. Entre as ações necessárias para atingir este objetivo estão a desburocratização e o fortalecimento do sistema de defesa sanitária florestal, a elaboração do inventário nacional das florestas plantadas e a adequação de políticas de crédito e gestão para o setor.
“O plantio de florestas é benéfico para o meio ambiente. O regramento trazido pelo plano vai impulsionar ainda mais os ramos econômicos que dependem do setor, como a indústria moveleira, de celulose e de geração de energia”, aponta Leuck. O presidente da Ageflor observa, no entanto, que para o plano ter efeito pleno, os estados e municípios precisam alinhar suas políticas específicas com as metas federais. “O Rio Grande do Sul tem normas das secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente que vão precisar conversar com o plano para que os avanços se concretizem”, complementa.
O coordenador-geral de Apoio à Comercialização da Agricultura Familiar do Mapa, João Fagundes Salomão, afirma que o fomento às florestas plantadas pode se firmar no futuro como uma atividade agrícola que protege os recursos naturais. “O setor de florestas plantadas também preserva. Noventa por cento de toda a madeira para fins industriais em todo o Brasil vem de florestas plantadas. Isso diminuiu muito a pressão sobre as florestas primárias, é uma forma indireta de preservar”, destaca.
Fonte: Correio do Povo