O Viveiro Florestal da Irani deverá preparar 3,7 milhões de mudas de pinus e eucalipto neste ano. O volume representa um aumento de 42% em relação a 2023, quando a companhia produziu 2,6 milhões de mudas. Os viveiros tem sua produção destinada aos projetos de reflorestamento da companhia, concentrados em um raio médio de 25 quilômetros do entorno da unidade fabril localizada em Campina de Alegria, município de Vargem Bonita, no Meio-Oeste de Santa Catarina.
O gerente Florestal da unidade, Denis Baialuna explica que entre as novidades neste processo de desenvolvimento de mudas está a implantação de um novo sistema de gestão, denominado de Módulo de Viveiro. “A mudança é parte da segunda onda do Projeto Floresce, com a plataforma SGF/Inflor – tecnologia de gestão florestal -, que garante ganhos de produtividade, melhor experiência de trabalho e controle dos processos. Essa revitalização representa um marco significativo no compromisso da Irani com a melhoria contínua da sustentabilidade e a qualidade de vida dos colaboradores”, destaca Baialuna.
Entre as ações realizadas pelo Projeto Floresce, de acordo com o gerente, destacam-se a reforma do ambiente de produção com a construção de novos locais para armazenamento de insumos e aquisição de novos equipamentos. Também foi feita a reforma dos blocos para a rustificação das mudas, ou seja, a adaptação delas às oscilações solar, vital para garantir maior índice de sobrevivência do plantio em campo.
A base florestal da Irani em Santa Catarina compreende 27,9 mil hectares e está distribuída entre os municípios de Água Doce, Catanduvas, Vargem Bonita, Ponte Serrada e Irani. Desse total, 12,4 mil hectares são áreas de florestas plantadas, sendo 11,2 mil hectares de pinus e 1,2 mil hectares de eucalipto. Cerca de 13,7 mil hectares correspondem a áreas de conservação e 1,8 mil hectares, infraestruturas e reservatórios, entre outros.
Baialuna explica que a espécie Pinus taeda predomina na composição dos reflorestamentos e também para produção de papel. “A escolha se deve à boa adaptabilidade da espécie no Meio-Oeste catarinense, e às características da madeira – fator essencial para garantir um produto final de qualidade. Toda madeira colhida é destinada à fábrica de Vargem Bonita para a produção de papel, papel para embalagens sustentáveis e embalagens de papelão ondulado”, ressalta o executivo.
Denis Baialuna explica que o acompanhamento do crescimento da floresta é realizado por inventários florestais. A cada três anos, ocorre o inventário florestal contínuo (IFC) em todos os talhões com idade superior a cinco anos para pinus, e três, para eucalipto. “O inventário florestal pré-corte é realizado nas florestas que estão próximas e programadas para a colheita. O intuito é garantir maior assertividade nas informações de produção florestal”, observa.
Espécies nativas compõem parte do viveiro
A produção integrada das florestas plantadas com as matas nativas contribui para a preservação da biovidiversidade com a redução dos níveis de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera pelo sequestro de carbono. “Por ter um grande volume de florestas plantadas o inventário de emissões de GEE tornou a Irani uma empresa com balanço de carbono positivo. Ou seja, remove mais carbono da atmosfera do que emite em suas operações”, destaca o executivo.
No viveiro também há um local destinado à produção de mudas florestais nativas. “O cultivo busca garantir a disponibilidade de mudas para o uso em projetos internos de enriquecimento e recuperação, bem como apoiar ações de restauração e em eventos promovidos pela comunidade do entorno das unidades. Atualmente, o viveiro conta com cerca de 30 espécies e, no ano passado, foram doadas cerca de 8,6 mil mudas nativas”, ressalta Baialuna.
Sobre a Irani
Fundada em 1941, a Irani Papel e Embalagem é hoje uma das líderes do setor de embalagens sustentáveis no Brasil. Controlada desde 1994 pelo Grupo Habitasul, tradicional grupo empresarial da região Sul do país, produz papéis para embalagens, chapas e caixas de papelão ondulado, além de resinas naturais de pinus, breu e terebintina, assegurando o fornecimento de produtos de matéria-prima renovável com alta qualidade. Alinhada às boas práticas da economia circular, tem produção integrada às florestas próprias e utiliza energia autogerada. Conta com unidades produtivas localizadas em Vargem Bonita (SC), Santa Luzia (MG), Indaiatuba (SP) e Balneário Pinhal (RS), além de responder pela gestão de florestas em Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Com escritórios em Porto Alegre (RS) e Joaçaba (SC), tem em seus quadros mais de 2.300 colaboradores.