A Embrapa Florestas tem monitorado a nova vespa-da-madeira desde o ano passado, em conjunto com pesquisadores de outras instituições. A pesquisadora e entomologista da Embrapa, Susete do Rocio Chiarello Penteado, explica que a espécie Sirex obesus é diferente da Sirex noctilio, popularmente conhecidas como vespa-da-madeira, oriunda da Ásia, Europa e Norte da África, que circula no Brasil desde a década de 1980. A Sirex obesus é oriunda da América do Norte e foi identificada no país pela primeira vez em 2023, em plantios de pinus tropicais nos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Veja a cartilha com os sintomas externos e internos do ataque da Sirex obesus
Embora não cause problemas na sua região de origem, no Brasil a nova vespa tem atacado espécies de pinus tropicais, e principalmente em áreas de resinagem, causando a morte das árvores. Há áreas no país com aproximadamente 60% de ataque. “Quando recebemos o inseto na Embrapa, pela coloração da asa, já pudemos constatar que era uma outra espécie, do mesmo gênero da vespa-da-madeira que já ocorria nos plantios de pinus, mas que parece ter uma biologia e comportamento diferentes”.
De acordo com ela, os pesquisadores já estão desenvolvendo estudos para verificar se a nova espécie pode ser combatida com o uso do Nematec, que é produzido pela Embrapa Florestas e formulado com o nematoide Deladenus siricidicola, principal inimigo natural da vespa-da-madeira.