O nome acácia é dado a várias espécies de árvores gênero Acacia pertencentes à família Leguminosae e a subfamília Mimosoideae, como é o caso das espécies Acácia negra (Acacia decurrens), Acácia mimosa (Acacia podalyraefolia A. Cunn), Acácia Imperial (Cassia ferrugine), Jurema (Acacia jurema), Acácia-amarela (Acacia farnesiana), Angico (Acacia cebil), Acácia hindu (Acacia suma), Acácia egípcia (Acacia nilotica), Esponjinha (Acacia cultriformis A. Cunn. ex G. Don), Acacia melanoxylon, Acacia koa ( A. Gray), Acacia anegadensis, Acacia parviceps e Acacia velutina.
A Acácia-Negra (Acacia decurrens var. mollis ou Acacia mearnsii), originária da África do Sul é uma árvore alta, apresenta ramos com sulcos superficiais, com pelos pequenos e finos e pontas jovens pilosas douradas.
As folhas, compostas e bipinadas, são finamente pilosas e têm coloração verde-escura. Os folíolos são pequenos e numerosos. Existe uma glândula entre cada junção dos pares de pinas. As flores amareladas, globulares, aparecem em grande quantidade, com odor agradável.
Os frutos são vagens marrom-escuras, finamente pilosas. Da casca, de coloração escura, é extraído o tanino. Ocorre em altitudes que variam de 850 m até o nível do mar em clima temperado e subtropical, com temperatura média no mês mais frio entre 0 e 5 °C. Suportam várias geadas por ano e temperaturas mínimas absolutas de até 11°C. Possui a capacidade de fixar nitrogênio através da simbiose com bactérias do gênero Rhizobium.
Na acacicultura, mais de 60 mil famílias estão envolvidas com a atividade em seus minifúndios. O uso da acácia negra vai desde a produção de lenha para energia e carvão vegetal, até as indústrias que exportam cavacos para celulose, garantindo aos produtores maiores rendimentos em seus plantios.
Na área química foram desenvolvidos produtos a partir da casca da acácia negra, produzindo algumas dezenas de derivados, entre os quais condicionadores de lama para perfuração de poços de petróleo, redutores de viscosidade de massas cerâmicas, cupinicidas, bactericidas, clarificador de açúcar, adesivos para madeira aglomerada, compensada, MDF e papelão, coagulantes e floculantes para tratamento de águas de abastecimento e de efluentes industriais e extratos vegetais para curtimento de couro e peles.
Fonte: AGEFLOR, Instituto Horus e Wikipedia
Eucalipto (do grego, “verdadeira cobertura”) é a designação vulgar de mais de 700 espécies vegetais do gênero Eucalyptus, família das Mirtaceas. São árvores nativas da Austrália, do Timor e da Indonésia, onde constituem o gênero dominante da flora nativa.
Algumas das suas espécies foram exportadas para outros continentes onde ganharam uma importância econômica relevante, devido ao fato de crescerem rapidamente Os primeiros plantios datam do início do século XVIII, na Europa, na Ásia e na África. No Brasil, as primeiras mudas de eucalipto chegaram ao Rio Grande do Sul, em 1868, trazidas por Assis Brasil, para as fazendas do sul.
Em 1903, Edmundo Navarro de Andrade, considerado o pioneiro do reflorestamento no Brasil, iniciou as pesquisas com o eucalipto na Companhia Paulista de Estradas de Ferro e a partir de então foram iniciados os plantios em escala. Em 1950 o eucalipto passou a ser plantado para fornecer matéria-prima às fábricas de papel e celulose.
Uma das espécies mais comuns, na Península Ibérica, é o Eucalyptus globulus. Na América do Sul existem também extensas plantações das espécies E. urophylla e E. grandis.
Graças ao clima favorável do Brasil e ao avanço alcançado em pesquisa e tecnologia florestal, o eucalipto pode ser colhido em apenas 7 anos para a produção de celulose, quando atinge até 35 metros de altura e produtividade de 38 m³/ha/ano, o dobro da produtividade de espécies coníferas plantadas no Brasil e da maioria das árvores nativas, o que garante às empresas um importante fator de competitividade.
Também apresenta no território brasileiro produtividade superior à de seu país de origem, a Austrália, onde atinge 25 m³/ha/ano, superando também a dos demais países onde foi introduzido. Além disso, a plantação de eucaliptos permite evitar o corte e abate de espécies nativas, sendo uma opção adequada a terras degradadas, promovendo o desenvolvimento econômico onde é cultivada.
O eucalipto é uma árvore bastante versátil e com inúmeras aplicações industriais. Algumas espécies são utilizadas para a produção de celulose, enquanto de outras, são extraídos óleos essenciais com os quais são fabricados produtos de limpeza, alimentícios, perfumes e remédios.
Com a madeira, tradicionalmente, são produzidas madeira serrada, tábuas, sarrafos, lambris, ripas, vigas e postes tratados, chapas para uso na construção civil e rural, na indústria moveleira, produção para fins energéticos como lenha e carvão, entre outros. A celulose de eucalipto é reconhecida internacionalmente, sendo o Brasil o seu maior produtor.
Fonte: AGEFLOR, Aracruz, Wikipedia e Conselho de Informações sobre Biotecnologia
Estas árvores pertencem à divisão Pinophyta, tradicionalmente incluída no grupo das Gymnospermas. As plantas do gênero Pinus são da família Pinaceae, nativas, na maioria, do Hemisfério Norte. São plantas perenes, com casca grossa e escamosa.
As árvores de P. elliottii geralmente florescem na primavera, produzindo flores masculinas e femininas. O órgão reprodutivo feminino, mais conhecido como pinha ou cone, se encontra geralmente em grupos de 2 a 4 unidades, possui coloração marrom e tem de 12 a 15 cm de comprimento. As sementes são aladas, pretas e triangulares, e podem ser disseminadas até cerca de 50 metros da árvore mãe, apenas pela ação do vento. O órgão reprodutivo masculino se chama estróbilo e está disposto junto às brotações. Uma das principais e mais importantes espécies plantadas para fins comerciais a na produção de madeira nas regiões temperadas e tropicais do planeta. Produzem grande quantidade de resina, com boa qualidade de seus produtos derivados (terebintina e breu). Além da goma resina, também é apreciada na serraria pelas características de sua madeira.
A celulose do Pinus dá origem a papel de alta resistência para embalagens, impressão e para fabricação de produtos de higiene, como fraldas descartáveis, papel higiênico e absorventes. Com o Pinus também se desenvolveu a indústria química: a partir da resina é originado o breu, a terebentina e seus derivados, com os quais são fabricados tintas, vernizes, plásticos, lubrificantes, adesivos, inseticidas, germicidas, borracha sintética, chicletes, sabões, colas, graxas, esmaltes, ceras, desinfetantes, explosivos, isolantes térmicos e elétricos. A madeira também é utilizada na construção civil e na indústria moveleira, para produção de painéis compensados, chapas duras e MDF.
A introdução do gênero Pinus se iniciou no Estado de São Paulo, região Sudeste do Brasil. Os primeiros experimentos foram realizados pelo Serviço Florestal, atualmente Instituto Florestal de São Paulo, no ano de 1936, com espécies de procedência européia. Em 1947 foram importadas dos Estados Unidos as primeiras sementes de Pinus elliottii e no ano seguinte se iniciou um programa de fomento para povoamentos florestais com a distribuição de plantas de Pinus radiata, espécie que demostrou, em poucos anos, sua incapacidade de se desenvolver nas condições brasileiras.
Nos anos seguintes se intensificou a introdução de coníferas exóticas, principalmente das Américas Central e do Norte e da Ásia, como Pinus taeda, P. caribaea, P. oocarpa, P. kesiya etc. No final do ano de 1955, o Serviço Florestal de São Paulo, iniciou um amplo plano de replantio de seus experimentos, o ritmo das plantações foi aumentando nos anos seguintes, graças a uma organização de viveiros que abasteciam a crescente demanda por mudas. Além disso, a iniciativa privada passou a desempenhar importante papel na consolidação dos plantios. Hoje o Pinus é plantado principalmente em regiões mais frias, do Sudeste ao Sul, indo do Estado de São Paulo ao Rio Grande do Sul, onde os plantios tiveram início na década de 60.
Fonte: AGEFLOR, Grau Celsius e Wikipedia