Ageflor – Associação Gaúcha de Empresas Florestais

Forest Leaders Forum discute avanço da siderurgia verde

O Brasil é reconhecido mundialmente como líder na produção de aço verde, com Minas Gerais desempenhando um papel central nesse processo. O estado é o líder global na produção e consumo de carvão vegetal sustentável, produzido nas florestas plantadas renováveis.

A fonte renovável de energia substitui fontes não renováveis e de origem fóssil, como o carvão mineral, reduzindo emissões de CO₂ e consolidando o país como referência na descarbonização da siderurgia em larga escala e com eficiência.

O tema foi abordado nesta terça-feira (4) no ‘Forest Leaders Forum’, evento promovido pela Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF). Líderes das principais siderúrgicas brasileiras estavam presentes e discutiram o avanço da siderurgia no Brasil, destacando Minas.

Para Adriana Maugeri, presidente da AMIF, ‘o aço verde, produzido em grande parte utilizando carvão vegetal oriundo de florestas plantadas renováveis, não é apenas uma urgência ambiental diante das mudanças climáticas, mas uma acertada estratégia de negócios que posiciona as siderúrgicas brasileiras em uma liderança global no contexto da economia verde. Empresas do setor estão comprometidas com as metas climáticas e com a geração de valor socioambiental, e Minas Gerais tem um papel estratégico nesse processo”, afirma Adriana.

Atualmente, Minas abriga a maior área de florestas plantadas do país, com 2,3 milhões de hectares cultivados em 811 dos 853 municípios. A extensa presença territorial consolida o plantio de eucalipto como a maior cultura agrícola de Minas Gerais.

“O setor florestal é democrático: cerca de 50% da produção está nas mãos de pequenos e médios produtores, e os outros 50% são de grandes produtores, criando centenas de cadeias produtivas em todas as regiões do estado. Essa diversidade produtiva gera multiplicidade e alcance de renda, ao mesmo tempo que aquece a economia local, reduzindo a dependência dos municípios em relação a recursos estaduais e federais”, completa Adriana Maugeri.

As florestas plantadas desempenham um papel singular na remoção do CO₂ da atmosfera, fixando carbono na madeira e no solo em ciclos que se renovam, e com isso, mitigando os efeitos das mudanças climáticas. As florestas ‘pensadas’ dão origem a mais de 5 mil bioprodutos, incluindo papel e celulose, pisos e painéis, biomassa, carvão vegetal, entre outros.

“Este benefício climático exercido pelas florestas em escala singular posiciona o Brasil em uma situação privilegiada no cenário global. A remoção de CO₂, realizada em grandes volumes, posiciona todas as nossas florestas como verdadeiros ativos guardiões de nossa sobrevivência. Já o uso racional e sustentável da madeira oriunda das florestas plantadas é, sem dúvida, uma das melhores alternativas para a descarbonização e a desfossilização de inúmeros setores da economia global. Minas Gerais, como o estado com a maior área de florestas plantadas do Brasil, potencializa as oportunidades futuras, além das já bem aproveitadas. A ideia é viabilizar seu desenvolvimento seguro e equilibrado”, destaca Maugeri.

No dia a dia pode-se ver o papel do carvão vegetal em cadernos; papel higiênico; tecidos, painéis, biocombustíveis.

A AMIF – Associação Mineira da Indústria Florestal – é uma organização que representa e promove a agroindústria florestal em Minas Gerais, reunindo as maiores empresas que produzem e consomem os produtos oriundos de florestas plantadas. Com foco no impulsionamento da economia verde do estado, a AMIF atua na defesa de políticas públicas, no fortalecimento da grande cadeia produtiva florestal e na disseminação de conteúdo informativo e melhores práticas ambientais, econômicas e sociais.

A AMIF também trabalha para ampliar o reconhecimento dos benefícios do setor florestal como uma solução essencial para mitigar os efeitos climáticos, restaurar o meio ambiente, descarbonizar a indústria e fortalecer as cadeias produtivas ligadas à produção florestal em todo o estado.

Fonte: Ibá e Itatiaia

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